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Mate o PDF: 6 provas irrefutáveis de que você deve fazer isso

Mate o PDF

“Mate o PDF”. Foi este o título inusitado de uma palestra que deu o que falar, no Inbound deste ano. Ministrada pelo Jeff White, presidente da agência digital canadense Kula Partners, ela teve os seus 45 minutos de duração integralmente dedicados aos (vários) porquês de extinguirmos esse formato de documento. Não apenas da nossa rotina corporativa, mas de toda a face terrestre e de quaisquer outras galáxias que, porventura, o utilizem em ações voltadas ao ambiente digital.

Apesar de parecer extremista, a sugestão faz sentido. O blog da Converta na Web acompanhou a apresentação e os motivos apontados pelo palestrante. Separamos alguns dos principais, para que você possa tirar suas próprias conclusões. Vamos aos fatos!

Razão #1: Não é adaptável para dispositivos móveis

 

Os acessos via celulares e tablets só aumentam. A cada dia. Em todos os lugares do mundo. “O PDF, então, perde completamente o sentido”, sentenciou White. “Estamos falando de um tipo de arquivo que não é otimizável para diferentes plataformas”, justificou ele, que lembrou que o formato foi criado em 1993, pela Adobe, principalmente para uso de designers que trabalhavam com materiais impressos.

Razão #2: Não integra com absolutamente nada

 

Atualmente, são muitas as opções de softwares de gestão disponíveis no mercado e que auxiliam as empresas a otimizarem seus resultados. De CRMs a controles financeiros e o que mais se pode imaginar. Porém, não importa qual você escolha. Arquivos em PDF não permitirão integração com nenhum deles. “Como resultado, temos a limitação da tecnologia disponível”, argumentou.

Razão #3: Não pode ser diretamente editado

 

Imagine a seguinte situação: uma empresa tem várias brochuras em PDF, criadas por um profissional que domina programas de edição gráfica. Chega um momento, porém, em que uma determinada equipe precisa atualizar os dados desse material. Os integrantes, contudo, não têm conhecimento específico em softwares que até permitiriam a edição dos arquivos (como o InDesign, por exemplo). “Sem os programas e o conhecimento técnico necessário, até mesmo alterações simples se tornam impossíveis de serem feitas”, alertou.

Razão #4: Não é possível atualizar, após o download

 

Sabe aquele erro de digitação que acabou passando no seu material? Com o PDF, você só terá a chance de ter o conteúdo corrigido antes de o internauta fazer o download (substituindo o arquivo antigo por um novo). Qualquer cópia que já tenha sido baixada, todavia, não terá mais como ser atualizada. A versão se torna perene – e o erro também.

Razão #5: Não é mapeado pelo Google Analytics

 

Você criou um e-book excelente. Os visitantes do seu site estão se interessando e fazendo o download. Através do Google Analytics, você acompanha todo o comportamento do usuário. De onde vieram os acessos, o caminho feito até chegar ao livro, quantos downloads foram realizados… E só. A partir do momento em que o material é baixado, perde-se todo o controle. Afinal, para que o conteúdo está sendo utilizado? As pessoas clicam em alguns dos links informados no texto? O livro está sendo lido na íntegra, ou apenas até alguma página específica (indicador que uma ferramenta como o Hotjar poderia lhe fornecer, por exemplo, em páginas regulares na web)? Estas e tantas outras perguntam acabam ficando sem qualquer resposta.

Razão #6: Não permite utilizar dados progressivos

 

Na internet, um recurso que funciona muito bem para estimular os internautas a preencherem formulários – especialmente, os mais longos – é o preenchimento progressivo. À medida em que os dados são informados, novos campos vão sendo exibidos. De forma gradativa, dando a sensação de se trabalhar com pequenos volumes de informação, ao invés de grandes blocos. “Os PDFs, contudo, trazem todo o conteúdo num único formato e de maneira integral”, lamentou White.

 

Como alternativa, o especialista recomendou – fortemente – a criação de páginas próprias na web. Isto para qualquer tipo de conteúdo, de e-books a propostas comerciais. A justificativa é que, além de mais atraentes, essas páginas podem ser estruturadas de modo a favorecer seus respectivos conteúdos e permitir os benefícios de tecnologias que podem ser incorporadas, otimizando também a experiência do usuário.

White, porém, frisou que ainda existe uma “demanda cultural” pelo famosa extensão. De acordo com ele, é como se o mercado esperasse receber esse tipo de arquivo. “Explique as vantagens de promover a mudança. Se for o caso, ao final da página, disponibilize um botão, através do qual é possível fazer o download do mesmo conteúdo em PDF”, brincou.

 

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Sobre o Autor

Fernando Freitas é diretor-fundador da Converta na Web. Seus resultados diferenciados em Marketing Digital já lhe renderam a capa da revista “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”. Profissional credenciado pela norte-americana HubSpot, criadora da Inbound Marketing Methodology e principal referência do mundo em conversão na web. Estrategista, consultor e professor de pós-graduação no segmento digital, com foco em conversão e negócios de alta performance.

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