Por Anelise Ravaglio Age
O Google Analytics – popularmente conhecido como GA – é uma plataforma bastante útil, criada para monitorar os acessos e o comportamento do internauta em ambientes diversos na web. A versão Universal, lançada em 2006 e ainda usada por muita gente, porém, já não atende a vários requisitos do mercado, a exemplo da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), interfaces com Inteligência Artificial e o fim dos cookies.
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Em outubro de 2020, uma nova versão foi disponibilizada. Batizada de GA 4, por ser a quarta geração do Analytics, ela foi criada para se adaptar ao cenário atual da gestão de dados. O motivo de este assunto estar em alta? A descontinuação do Universal anunciada pelo Google para julho de 2023. Entenda as principais diferenças entre as duas versões e prepara-se para a mudança!
É importante manter em mente que a utilização do GA 4 é mandatória. A partir de 1º de julho, os dados não serão mais coletados no Universal Analytics. Isto quer dizer que você perderá tudo que já tem no Universal? Parcialmente, sim. O Google está divulgando que o GA Universal ficará disponível para acesso, mas interromperá completamente as coletas de informação. Quanto a dados históricos dentro do GA 4, ainda não se sabe ao certo como se dará o funcionamento. Por isso, se você ainda não fez a implementação do GA 4, recomendamos fazê-lo o quanto antes!
Para se preparar de maneira ideal para a migração, o primeiro passo é realizar a implementação da versão atual da ferramenta. O segundo é preparar os relatórios.
Agora, vamos passar ponto a ponto as principais diferenças.
FORMA DE COLETA DE DADOS
O Google Analytics Universal é todo baseado em visualizações de página (pageviews). Ou seja: assim que a página carrega, as informações são coletadas.
Já no GA 4, o modelo tem como base os eventos. E tudo pode ser considerado (e configurado como) um evento, dentro de uma página. O total permitido pela ferramenta são 500 eventos por propriedade. Se falarmos em eventos de conversão, o número passa para 30.
Sem dúvidas, é bastante coisa! Entretanto, com esta mudança, torna-se ainda mais importante fazer um plano de métricas, antes de configurar a plataforma. Este plano – igualmente conhecido como measurement plan – é um documento cujo objetivo é conectar seus objetivos comerciais com os esforços de Marketing.
RELATÓRIOS PRONTOS
Antes, no GA Universal, 70% dos relatórios já vinham configurados pela ferramenta. No GA 4, isto é bem diferente, sendo que temos poucos relatórios pré-disponíveis para visualização e análise. Como mencionamos anteriormente, o plano de métricas será um aliado útil aqui, já que ele resume os detalhes indicados para cada relatório, antes mesmo de implementar o GA 4. Tendo um plano bem definido, alinhado com o objetivo e metas do seu negócio, você consegue estabelecer quais relatórios precisam ser configurados e acompanhados, de acordo com a sua necessidade.
MENSURAÇÃO DE APLICATIVOS
Esta é uma das mudanças mais inovadoras no GA 4: a possibilidade de o usuário analisar tanto sites, quanto aplicativos. Seja conjunta ou isoladamente.
ESTRUTURA DA CONTA
No Universal, a estrutura é separada por Conta > Propriedade > Vista. Por exemplo:
Na estrutura do GA 4, temos Conta > Propriedade > Fluxo de Dados. Exemplo:
TAGUEAMENTO DA URL
Esta mudança traz três novos parâmetros de URL para mensuração da origem e do tipo de mídia. Atualmente, conseguimos taguear:
Segue um exemplo:
https://nomedosite.com/?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_content=direct-ongoing&utm_campaign=blog&utm_term=word
O GA 4 acrescenta três novos parâmetros:
Exemplo:
https://nomedosite.com/?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_content=direct-ongoing&utm_campaign=blog&utm_term=word&utm_source_Platform=ios&utm_Creative_format=display&utm_marketing_tactic=awareness
MODELO DE ATRIBUIÇÃO
O Universal considera o último clique anterior ao tráfego direto (quando o internauta acessa diretamente o seu site). Ou seja: a origem é atribuída ao último ambiente em que internauta navegou, antes de entrar no site da sua empresa.
O GA 4, por sua vez, utiliza a Data Driven Attribution, que é a atribuição a diferentes anúncios, cliques e fatores ao longo do caminho de um usuário, para concluir uma conversão. Este modelo é baseado em dados e permite atribuir “pesos” diferentes a cada evento pelo qual o usuário passou, antes de acessar o seu site.
Apesar de, num primeiro olhar, as mudanças poderem parecer um pouco complicadas, elas vêm para melhorar (e muito) a nossa rotina. O GA 4 está totalmente atualizado com algoritmos de machine learning, capazes de elevar a análise de dados a um patamar consideravelmente superior.
Anelise Ravaglio Age é especialista em gestão de campanhas e performance de mídia. Com mais de 20 anos de experiência na área de Marketing, ajuda marcas e empresas dos mais variados portes e segmentos a potencializarem seus resultados na web, através de ações assertivas e 100% baseadas em dados.